25/03/2024 às 09:53
Preço pago ao produtor de feijão-preto em SC sobe 4,41% em fevereiro no comparativo mensal
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Os produtores catarinenses de feijão-preto atravessam um bom momento em relação às cotações da saca do produto, destaca o mais recente Boletim Agropecuário de março, publicação mensal do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Segundo o informe, em fevereiro, o preço médio pago aos agricultores teve uma alta de 4,41%, na comparação com o mês anterior, e de 28,15% na comparação com fevereiro de 2023, em termos nominais.Conforme levantamento da Epagri/Cepa, o preço médio pago aos produtores de feijão-preto em fevereiro, pela saca de 60 quilos, chegou a R$ 336,42. Na série de dados disponíveis no site do Observatório Agro Catarinense, esse é o maior preço nominal pago aos produtores desde novembro de 2019. Esse contexto também se refletiu nos preços do produto no atacado, onde também chegou ao maior patamar para o período.Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, João Alves, esse comportamento altista já era esperado para esta época do ano, contudo, as adversidades climáticas, especialmente o excesso de chuva no período de plantio da primeira safra, a falta de chuva na fase de enchimento dos grãos e as baixas temperaturas durante o ciclo da cultura, reduziram as estimativas de produção. Isso gerou uma expectativa de que poderá faltar feijão-preto no mercado, o que tem mantido os preços em patamares elevados.:: Feijão cariocaOs dois tipos de feijão mais cultivados em Santa Catarina tiveram comportamento diferente em termos de mercado neste início de ano. Enquanto o feijão-preto apresentou valorização, o preço pago ao produtor pelo feijão-carioca teve queda de 8,44% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. O valor médio recebido pela saca de 60 quilos, que ficou em R$ 217,08, é 32,51% menor do que o valor registrado em fevereiro de 2023 (em termos nominais).Até o final de fevereiro, a colheita de feijão (primeira safra 2023/2024), tinha alcançado 63% da área plantada estimada, o que representa cerca de 33 mil toneladas do produto colhidas. Após as últimas atualizações, a Epagri/Cepa estima que tenham sido plantados em Santa Catarina, com feijão na primeira safra, cerca de 28,5 mil hectares, uma redução de 7% em relação à área plantada na safra passada. Também já é perceptível uma redução da produtividade, em virtude dos problemas climáticos, o que deve resultar em numa safra 14,5% menor do que a anterior. Na segunda safra de feijão, que atualmente está em fase de plantio, devem ser semeadas 30,3 mil hectares no Estado, área cerca de 3% menor do que a da segunda safra de 2022/2023.
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