14/11/2024 às 15:57
Preços da carne batem recordes impulsionados por alta demanda e fatores macroeconômicos, aponta Cepea
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Desde o início de novembro, o preço do quilo da carcaça casada bovina superou os R$ 22, alcançando recordes diários, conforme levantamento do Cepea. De acordo com o órgão, a forte demanda é motivada por fatores macroeconômicos, como a redução do desemprego, e pela proximidade das festas de fim de ano, período em que os varejistas intensificam as compras e, consequentemente, elevam os preços no atacado.No mercado de boi gordo, pesquisadores do Cepea destacam que a aquisição de novos animais para abate segue complicada, o que leva a indústria a reajustar o valor da arroba e a reduzir o prazo de pagamento aos pecuaristas para atender a demanda de curto prazo. O Indicador do boi gordo CEPEA/B3, que abrange a média ponderada do estado de São Paulo, à vista e livre de Funrural, registra uma alta acumulada superior a 5% no mês de novembro.O setor de suínos também apresenta crescimento significativo. O preço do suíno vivo tem registrado altas nominais históricas, sendo as mais elevadas, em termos reais, desde 2020. Segundo o Cepea, o aumento da liquidez no mercado e a baixa oferta de suínos no país têm incentivado os frigoríficos a adquirir mais lotes para abate. As exportações de carne suína, por sua vez, mantêm o ritmo aquecido, com 129,7 mil toneladas embarcadas em outubro, volume que representa o segundo maior da série histórica da Secex, atrás apenas de julho deste ano.No caso do setor avícola, o poder de compra dos avicultores paulistas em relação ao milho está no nível mais baixo desde abril deste ano. A valorização do milho no mercado interno, somada à queda no preço do frango vivo, pressiona o setor. Embora o preço do frango vivo apresente estabilidade, alguns produtores têm reduzido os valores para acelerar o escoamento, segundo relatos ao Cepea. Para o milho, a alta demanda interna e a valorização internacional têm sido determinantes para a elevação dos preços.
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