Impulsionadas pela forte demanda das indústrias esmagadoras, as negociações de soja no Brasil anotaram alta na última semana. Conforme o Cepea/Esalq, a procura intensa elevou os prêmios de exportação do grão nos últimos sete dias. No entanto, o avanço na semeadura da safra 2024/25 na América do Sul, a proximidade da conclusão da colheita no Hemisfério Norte e a desvalorização do dólar frente ao Real limitaram os aumentos no mercado interno. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que, até 3 de novembro, 53,3% da área de soja no Brasil já havia sido semeada, superando os 48,4% registrados no mesmo período do ano passado.

O milho também apresenta preços internos em alta no início de novembro, refletindo uma demanda interna aquecida. A expectativa, segundo o Cepea, é de que esse cenário continue nas próximas semanas, impulsionado pela necessidade dos consumidores de recompor estoques. Os vendedores estão cautelosos, priorizando o andamento das atividades no campo para a safra de verão. As condições climáticas têm favorecido o plantio, o que traz tranquilidade sobre o calendário da segunda safra de 2025, que poderá ser implementada dentro da janela considerada ideal. Até o dia 3 de novembro, 42,1% da safra verão de milho já estava plantada, registrando um aumento semanal de 5,3 pontos percentuais e 1,9 pontos percentuais a mais que no mesmo período de 2023, conforme dados da Conab.