03/02/2025 às 14:11
Preços da soja recuam ao menor nível desde março de 2024
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Os preços internos da soja seguiram em queda na semana passada, já operando nos menores patamares reais desde março de 2024, mostra o mais recente boletim do Cepea-Esalq/USP, divulgado nesta segunda-feira (3).Segundo o centro de pesquisas, a pressão veio do avanço da colheita da safra 2024/25 no Brasil, das reduções das retenciones sobre o complexo soja na Argentina e da desvalorização cambial (US$/R$)."Esses fatores afastaram compradores do produto brasileiro – e, vale lembrar, a demanda pela soja nacional deve seguir desaquecida nos próximos dias, devido ao Ano Novo Chinês, iniciado em 29 de janeiro", explica o Cepea.De dezembro/24 para janeiro/25 (até o dia 30), o Indicador Cepea/Esalq – Paraná registrava forte queda de 6,2%, com a atual média a R$ 129,82/sc de 60 kg – a menor desde março/24, em termos reais (IGP-DI de dez/24).Milho As cotações do milho seguem avançando no mercado brasileiro, de acordo com levantamento do Cepea."O suporte vem sobretudo da retração de vendedores, que estão concentrados nos trabalhos de campo [colheita da safra verão e semeadura da segunda safra]", explica o centro de pesquisas, apontando para um cenário de demanda está aquecida, com parte dos consumidores buscando recompor os estoques.Na semana passada, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (base Campinas – SP) voltou a se aproximar dos R$ 75/saca de 60 kg.FeijãoAs colheitas da primeira safra brasileira de feijão avançam, mas os desafios impostos pelas chuvas continuam, mostra o Cepea.De acordo com o centro de pesquisas, agentes consultados relatam impactos sobre a qualidade dos grãos, o que vem resultando em aumento na disponibilidade de feijões manchados e brotados.Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que o comparativo entre as médias semanais aponta desvalorização, embora, ao se analisar as variações entre as duas últimas quintas-feiras, verifique-se certa sustentação, com destaque para o produto de melhor qualidade, escasso no mercado.No geral, agentes também estão atentos ao ritmo de cultivo da segunda safra.
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