16/12/2024 às 13:11
Preços do feijão e da soja seguem em baixa no Brasil, mostra Cepea
Compartilhar
Os preços dos feijões seguiram em queda na última semana em grande parte das praças monitoradas pelo Cepea-Esalq/USP.Segundo boletim publicado nesta segunda-feira (16), a pressão vem da maior oferta de grãos com a qualidade comprometida pelas chuvas em excesso no Sul e Sudeste.Além disso, a demanda está retraída, como típico neste período que antecede as festas de final de ano. No Paraná, a colheita segue lentamente.Agentes consultados pelo Cepea estão receosos quanto aos possíveis impactos negativos das chuvas sobre as lavouras que estão em fase final de ciclo.SojaLevantamentos do Cepea mostram que as cotações da soja em grão seguem em baixa no Brasil, pressionadas pela menor demanda, pelo clima favorável às lavouras e pelas expectativas de safra recorde.O mais recente relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que o Brasil deve colher uma quantidade recorde de 169 milhões de toneladas na safra 2024/25, volume um pouco acima do projetado pela Conab, de 166,2 milhões de toneladas.MilhoOs preços do milho se mantiveram firmes na última semana na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea-Esalq/USP, sustentados pela retração de vendedores."Aqueles ativos, por sua vez, pedem valores maiores, atentos à oferta limitada neste período do ano, quando parte dos armazéns, cerealistas e transportadoras entra em recesso", detalha o centro de pesquisas.Do lado dos consumidores, uma parcela relata dificuldades em recompor estoques e, com isso, precisa pagar os valores maiores para conseguir adquirir o cereal.Em relação à safra 2024/25, apesar de ter iniciado atrasada e com preocupações ligadas à falta de chuvas, o retorno das precipitações trouxe otimismo quanto à produção brasileira.Relatório divulgado no dia 12 deste mês pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que o volume agregado de milho para 2024/25 deve somar 119,63 milhões de toneladas, o que representaria um incremento de 3,4% frente ao de 2023/24.
Compartilhar