De acordo com análise do Cepea-Esalq/USP, os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro, pressionados pela postura retraída de muitos compradores, pelo avanço da colheita da safra verão e pelo bom desenvolvimento da segunda safra em boa parte das regiões.

Em algumas praças acompanhadas pelo centro de pesquisa, os valores atuais do cereal já são os menores desde outubro do ano passado. Consumidores relatam ter estoques e realizam novas aquisições no spot apenas quando têm necessidade.

Do lado vendedor, enquanto boa parte se mostra mais flexível nas negociações, devido à necessidade de fazer caixa, outros estão afastados do mercado, à espera de recuperações nos próximos meses, fundamentados nas recentes valorizações do dólar – contexto que pode elevar a paridade de exportação – e na possibilidade de uma segunda safra não tão volumosa.

De fato, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica área 8% menor e produção de 85,61 milhões de toneladas, 16% inferior à da temporada 2023/24.