19/12/2024 às 08:32

Preços pagos aos produtores catarinenses de milho e soja registraram alta em novembro

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Em novembro, o preço médio mensal pago aos produtores de milho e de soja em Santa Catarina apresentou alta de 8,3% e 2,4%, respectivamente, enquanto o do feijão-preto recuou 9,52% e o do feijão-carioca 2,21% em relação ao mês anterior, indica acompanhamento do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Conforme o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Elias, além de fechar novembro com alta nos preços, nos primeiros 10 dias de dezembro a cotação média estadual do milho ultrapassou os R$68,00 a saca e indica a continuidade de elevação dos preços no mês. “Isso se deve à maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações, além de fatores do mercado externo, como a redução dos estoques mundiais e maiores exportações pelos Estados Unidos”, diz ele.

Para a primeira safra, a área de cultivo diminuiu 11,3% em comparação com a safra passada. Apesar da redução da área de cultivo, é previsto um aumento da produção em função da expectativa do incremento da produtividade média de aproximadamente 25% na safra atual, alcançando a produtividade em 8.523kg/ha. Com isso, a produção estimada está em 2,23 milhões de toneladas no estado.

Apesar de fechar novembro com alta nos preços de 2,4% em relação ao mês anterior, nos 10 primeiros dias de dezembro, na comparação com o preço médio de novembro, é possível perceber movimento baixa de 0,5% . “O fator de destaque no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos de dezembro foi a revisão da produção mundial de soja de 394,8 milhões de toneladas na safra 2023/24 para 427,1 mil toneladas para a safra 2024/25. Na atual safra de 2024/25, os levantamentos realizados pela Epagri/Cepa apontam para um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra”, diz ele.

A produtividade média esperada deverá crescer significativamente. A expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/há. Com isso, é esperado um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

No mês de novembro, o preço médio recebido pelos produtores catarinenses de feijão-carioca recuou novamente, a variação mensal foi negativa em 2,21%. Para o feijão-preto, o preço médio também recuou 9,52%. Na comparação com novembro de 2023, o preço médio da saca de feijão-preto está 1,24% mais alto. Para o feijão-carioca, foi registrado uma redução de 10,05% na variação anual.

Segundo o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, João Alves, durante o mês de novembro, as condições das lavouras não foram tão favoráveis como no mês anterior em função do excesso de chuvas (85% boa, 13% média, 2% ruim). Cerca de 85% da área destinada ao cultivo de feijão 1ª safra já foi semeada, sendo esperado um aumento de 11% na produtividade média e 19% na produção. Assim, deverá ser colhido aproximadamente 57 mil toneladas de feijão. Desse total, 41 mil toneladas deverão ser do tipo feijão-preto, e 16 mil toneladas do tipo feijão-carioca.
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