O valor da produção florestal no Brasil atingiu R$ 37,9 bilhões em 2023, um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) divulgada pelo IBGE. Esse resultado reflete o crescimento contínuo da silvicultura, que representou 83,6% do valor total, enquanto a extração vegetal ficou com 16,4%. Desde 1998, a silvicultura tem superado o extrativismo vegetal.

O setor da silvicultura, que engloba o cultivo de florestas plantadas para fins comerciais, alcançou um valor de R$ 31,7 bilhões, um aumento de 13,6% em comparação a 2022. Este crescimento foi puxado principalmente pelos aumentos de preço dos produtos, como a madeira em tora, que teve um aumento de 28,1% em valor, mesmo com uma alta modesta de 3,0% na quantidade produzida.

Por outro lado, a extração vegetal se manteve estável, registrando R$ 6,2 bilhões, com variação de 0,0% em relação ao ano anterior. O destaque na silvicultura continua sendo a madeira destinada à produção de papel e celulose, que cresceu 19,4% em valor, impulsionada pela demanda internacional, apesar de uma leve queda nas exportações em volume.

A expansão da área de florestas plantadas também foi observada, com um aumento de 2,5%, totalizando 9,7 milhões de hectares, dos quais 7,6 milhões são de eucalipto. O estado de Mato Grosso do Sul se destacou, assumindo a segunda maior área de florestas plantadas do país, reforçando o crescimento da silvicultura no Centro-Oeste.

Apesar dos desafios enfrentados pela extração vegetal, como a estabilidade no valor de produção, o setor ainda desempenha um papel importante em regiões que dependem do extrativismo para subsistência, com destaque para produtos alimentícios e madeireiros.