02/10/2024 às 15:55

Produtores afetados pela seca em Minas Gerais poderão renegociar dívidas com o Banco do Brasil

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Os agricultores mineiros afetados pela seca severa terão a oportunidade de renegociar suas dívidas com o Banco do Brasil, conforme anunciado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) em uma reunião realizada na última segunda-feira (30). O gerente de Agronegócios do Banco do Brasil para o estado, Bruno Machado, confirmou que a renegociação abrangerá os contratos de custeio e parcelas com vencimento neste ano.

Machado também destacou que, mesmo com as renegociações, os produtores continuarão tendo acesso a linhas de crédito, independentemente do porte da propriedade. Atualmente, Minas Gerais possui a maior carteira agrícola do Banco do Brasil, com R$ 52 bilhões aplicados, representando uma fatia significativa do total de R$ 330 bilhões distribuídos em todo o país.

O secretário Thales Fernandes enfatizou a importância do apoio financeiro aos produtores afetados pelas mudanças climáticas. "Essa parceria demonstra a relevância do agronegócio mineiro e a importância das linhas de financiamento para impulsionar nossa agropecuária, garantindo que o produtor continue gerando renda e emprego, fortalecendo ainda mais o setor", afirmou.

Programa Garantia-Safra

Além da renegociação, os agricultores podem contar com os recursos do Programa Garantia-Safra, que recebeu um aporte de R$ 5,7 milhões do governo de Minas para o período 2023/2024. O valor é 12% maior do que o destinado à safra anterior, o que ampliou o número de beneficiados em 11%, totalizando cerca de 40 mil agricultores. O programa oferece um benefício anual de R$ 1,2 mil aos agricultores que comprovarem perdas de 50% ou mais das safras devido à seca ou chuvas excessivas.

Ações de mitigação e prevenção

Além do suporte financeiro, os agricultores estão sendo auxiliados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) em práticas de adaptação à seca. Técnicas como o uso de plantas de cobertura para melhorar a infiltração de água e o uso de palhada para proteger o solo estão sendo incentivadas, assim como a construção de barraginhas para captação de água, terraceamento e recuperação de nascentes e matas ciliares. Essas ações visam minimizar os efeitos da estiagem e melhorar a gestão de recursos hídricos nas propriedades
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