07/02/2024 às 15:30
Projeções da Climatempo indicam possibilidade de La Niña a partir do segundo semestre
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O El Niño, fenômeno natural que contribuiu para que 2023 fosse o ano mais quente já registrado em todo o mundo, provocando desastres naturais durante todo o período no Brasil, segue em ação e encontra-se em seu pico. Mas as projeções apontam que o fenômeno deve perder força a partir do segundo semestre e pode ceder lugar à La Niña, invertendo o panorama atual do clima.Caso o fenômeno se confirme, pode-se esperar irregularidade nas chuvas sobre as regiões Sul e Sudeste. Vale ressaltar que as projeções climáticas ainda apontam para a possibilidade de um período de Neutralidade Climática, de acordo coma Climatempo.Um dos indicadores que apontam para uma possível La Niña no segundo semestre é o rápido resfriamento por qual passa o Oceano Pacífico, uma marcador que sinaliza a não ocorrência de um período intermitente de neutralidade, que costuma acontecer entre os fenômenos El Niño e La Niña. Isso já ocorreu durante os El Niños de 1997/1998 e 2015/2016, tão intensos quanto o que estamos passando, e que, logo em sequência, foram substituídos pelo fenômeno La Niña.“As mudanças climáticas estão cada vez mais intensas, e os períodos de neutralidade entre os fenômenos estão ficando cada vez mais raros, indicando uma forte mudança no comportamento padrão do clima”, afirma Willians Bini, meteorologista e Head da Climatempo. “Vimos três anos consecutivos de La Niña, entre 2020 e 2022, algo extremamente raro de acontecer, e enfrentamos um El Niño que causou estragos e fez de 2023 o ano mais quente de todos os tempos. Quando se pensava que uma calmaria poderia suceder, as projeções começam a indicar que podemos ter uma La Niña pela frente, embora ainda não esteja totalmente descartada a possibilidade de termos um período de neutralidade no segundo semestre”, observa Bini.:: Efeitos no BrasilCaso a La Niña realmente ocorra a partir do segundo semestre de 2024, o Sul e o Sudeste brasileiros passarão a ter menos chuvas, diminuindo os riscos de desastres naturais como enchentes e deslizamentos. Em contrapartida, a falta de chuvas deve impactar o setor de energia, com a redução do nível dos reservatórios na região Sudeste, enquanto a previsão de mais frio pode impactar o agronegócio no Sul.
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