Em 2024, os preços da laranja no mercado brasileiro atingiram patamares recordes. A caixa de 40,8 kg chegou a ser negociada acima de R$ 100 no mercado de mesa, impulsionada por uma combinação de alta demanda industrial e oferta limitada. Fábricas enfrentam estoques reduzidos de suco, enquanto a produção foi comprometida por um clima seco e quente durante a temporada no cinturão citrícola.

Apesar dos preços elevados, que proporcionaram margens favoráveis para citricultores, a baixa produtividade aumentou os custos de produção. Em outubro, as indústrias pagaram, em média, mais de R$ 90 por caixa. Desde janeiro de 2024, quando os preços estavam em torno de R$ 38, a escassez de oferta no mercado spot elevou as cotações, levando até mesmo frutas de qualidade inferior a serem direcionadas para a moagem.

A safra 2024/25, segundo dados do Fundecitrus, deve registrar uma queda expressiva de 27,4% na produção, totalizando 223,14 milhões de caixas no estado de São Paulo e Triângulo Mineiro. Essa redução mantém os estoques industriais de suco de laranja no Brasil em níveis críticos, exigindo uma recuperação significativa na produção brasileira e norte-americana (principalmente na Flórida) para garantir o abastecimento global na safra 2025/26.