Uma pesquisa científica conduzida pela Embrapa Amazônia Ocidental envolvendo o curauá, bromélia nativa da Amazônia, encontrou resultados positivos ao aplicar a técnica de cultura de tecidos para escalonar a produção de mudas da planta.

O curauá tem amplo potencial de uso na indústria graças a suas resistentes fibras naturais, as quais são consideradas possíveis substitutas da fibra de vidro e de substâncias de origem petroquímica.

De acordo com os achados da pesquisa, descritos na tese de doutorado do pesquisador Felipe Padilha, a técnica de cultura de tecidos permite multiplicar as mudas do curauá com segurança, higiene e uniformidade e pode contribuir para atender à demanda crescente por fibras naturais nos setores produtivos e industriais do País.

O município de Santarém (PA) é o principal produtor de curauá, sendo cultivado principalmente por pequenos agricultores.

“O cultivo do curauá, no estado do Amazonas, ainda é muito pouco difundido e existem poucos trabalhos sobre essa cultura no estado, principalmente em relação à adubação e à nutrição mineral da espécie”, afirmou Padilha à Embrapa.

Para o pesquisador, há a necessidade de mais estudos voltados para a cultura, principalmente sobre a influência de cada nutriente no crescimento da planta, visando à otimização da produção de folhas, e também para compreender como esses nutrientes podem influenciar na qualidade das fibras.