Em 2022, o valor da produção florestal atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, alta de 11,9% na comparação com 2021 – a produção compreendeu 4.884 municípios –, informou nesta quarta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor de produção da silvicultura (florestas plantadas) aumentou 14,9% e alcançou R$ 27,4 bi em receita. Na extração vegetal, o valor de produção cresceu 0,2% no ano passado, somando R$ 6,2 bi.

“A extração vegetal teve um crescimento muito grande em 2021, atingindo a marca de 31,6%. Em 2022, com essa base de comparação bem alta, ficou praticamente estável, variando 0,2%. Já a silvicultura manteve um movimento de crescimento que se iniciou lá em 2020”, destaca Carlos Alfredo Guedes, gerente de Agricultura do IBGE.

No ano passado, houve acréscimo de 0,1% nas áreas de florestas plantadas no País (mais 8,1 mil hectares). A área total da silvicultura é de 9,5 milhões de hectares, dos quais 7,3 milhões (77,3%) são de eucalipto, usado predominantemente na indústria de celulose. Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais.

Somente o Sudeste (0,4%) e o Centro-Oeste (5,5%) registraram crescimento em 2022. A região Sul, que representa 32,4% das áreas de florestas plantadas com pinus e eucalipto no País, apresentou uma redução de 1,1%.



Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que a celulose ocupou o décimo primeiro lugar no ranking das exportações totais do País em 2022 (2,5%), com 19,8 milhões de toneladas, que geraram US$ 8,4 bi, um incremento de 24,6%.

O setor da madeira em tora para papel e celulose permanece com tendência de alta, atingindo o valor de R$ 9,0 bi, crescimento de 25,5% no valor da produção, após o crescimento de 24,4% registrado em 2021.

A participação dos produtos madeireiros chegou a 96,0% do valor da produção florestal. O conjunto dos produtos madeireiros com origem em áreas plantadas para fins comerciais aumentou em 15,5% no valor da produção, enquanto os decorrentes da extração vegetal houve redução de 0,8%.

“Esses resultados ratificam a tendência de crescimento dos produtos madeireiros oriundos da silvicultura e registra-se uma estabilidade nos da extração desde 2021”, ressalta Guedes.